Crise de Humanismo
Meditando sobre o caminho que a ciência havia tomado na primeira metade do século 20, o filósofo alemão Edmund Husserl emitiu um juízo que – à época – poderia soar um tanto catastrofista. Após passar pela guerra mais sangrenta de todas, a Primeira Guerra Mundial, ele pôde dizer: “Na miséria de nossa vida (…), esta ciência não tem nada a nos dizer. Ela exclui em princípio aqueles problemas, os mais candentes para o homem”. Sua crítica levantava-se contra um tipo de ciência positivista, demasiado técnica, que prometia muito mais do que era capaz de cumprir. A paz desejada, o progresso sonhado, a justiça esperada talvez não fosse um corolário necessário do avanço científico.