Elementos para uma nova compreensão da logística reversa: direito, valores humanos e negócios
Um dos mais importantes filósofos da ciência do século XX, Thomas Kuhn mudou o modo de se refletir acerca da prática científica, chamando a atenção para aspectos não-científicos no cotidiano da pesquisa: elementos filosóficos e sociais estão a cercar o pesquisador por detrás de cada equipamento, embaixo de cada bancada de laboratório, no início de cada processo de pesquisa, no final de todo progresso científico, sustentando cada artigo acadêmico. Especificamente nos momentos em que há crises e transformações expressivas na prática científica, diz o autor, “o que ocorre durante uma Revolução Científica não é totalmente redutível a uma reinterpretação de dados estáveis e individuais” (KUHN, Thomas. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 2001, p. 157) . Por este motivo é preciso utilizar de fontes extracientíficas para entender como a ciência se comporta nestes momentos. Comentando o principal livro de Kuhn, Sergio Sismondo destaca: